segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

o coração

O coração é pura verdade.
E pura ilusão.

E verdade porque,
na solidão taciturna
dos meus pensamentos.
Ele me revela o que há,
de verdadeiro, concreto...
É fatal quando erro.
É vigoroso quando amo...

É ilusão porque,
o coração é pureza de romance.
Fantasia, cria, se perde.
Idealiza um mundo utópico
de beleza, ideias e emoções,
quando o impropério é a paixão
(quando se trata de amor...)

O coração é dúbio.
É certeiro na verdade.
É ingênuo na ilusão...

sábado, 18 de dezembro de 2010

Conflitos


Conflitos...
internos, externos, existenciais...
 

Como os conflitos me cansam.
As brigas me enfraquecem,
e não me enobrecem.
Não sou guerreira de brigas.
Sou guerreira de flores...

 Brigas para ter razão.
Pura infantilidade...
de quem não sabe,
o que é simplicidade.

Brigas por discórdia,
mancham a alma de tristeza,
enchem o espírito de baixeza.
Causa enfarto, cefaléia, depressão...
de corpo e de coração.


Como sou guerreira de flores,
e de amores,
minhas flechas são de cupido.


Sou conflituosa só por dentro.
Mas por fora....
sou toda prosa!
( e também poesia....)



sábado, 11 de dezembro de 2010

Ode à Arte

Que graça teria o mundo.
 Sem a música e a literatura.
Se somente houvesse,
médico, engenheiro, advogado.

Todas são importantes!
Porém  a música nos faz sonhar...
Criamos personagens e ambientes ilusórios.

E a literatura nos transporta,
para além das fronteiras físicas,
para o mar, para as estrelas,

para o infinito, para o campos...
para os amores distantes, improváveis....

Como é bom desfrutar dos delírios da música!
E da magia da literatura romântica!
Cada nota tocada,
cada sonata, e o"noturno" de Chopin,
tocam alguma corda da nossa essência,
seja obscura, seja transparente,
seja triste, seja doce...

A música revira nosso íntimo.
Nosso instinto!
Modificamos com a música.
Somos dissonantes como ela.
Chegamos ao impropério,
de dançarmos despidos, sem mácula,
para a claridade pura da lua...

E a literatura...
Ah essa nos faz suspirar.
Se romântica, nos aquece os sentidos.
Se sombria, enche-nos de mistério....(* O Morro dos Ventos Uivantes)

Arte musical e literária,
pressuposto de existência feliz.

Deus nosso "primo" artista,
nosso poeta e músico do céu,
delegou esta divina graça,
para que o mundo fique...
mais leve...
mais romântico...                                      
mais sonhador...
mais cheio de amor...



OBS:* Emily Bronte, escritora inglesa do século XIX, autora do impressioante romance, O Morro dos Ventos Uivantes.
OBS: O filme "Singin in the rain" é um clássico musical da décade de 50. Vale a pena assistir!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Contradições


A minha viola canta uma canção
No meu coração toca um refrão
Na minha banda, antítese rima com paráfrase.
Metáfora com anacronismo
E hipérbole com onomatopéia

Na minha vida sorriso conjuga com lágrimas,
Raiva com alegria,
Beijo com tapa,
Viola com violão


No meu relógio, hora marcada é atrasada.
meio-dia são duas horas,
seis horas são meia noite e seis,
e três são nove horas.


No meu céu, as nuvens negras,
brilham como ouro ao toque da luz.
A lua beijou o mar,
e o mar beijou o sol.
Belo triângulo amoroso



OBS: Como gosto muito desta poesia, resolvi postá-la novamente. Beijos carinhosos a todos!