domingo, 17 de janeiro de 2016

Enquanto você dormia

Enquanto você dormia

Como a vida você queria...
Festejar, sorrir, cozinhar,
Ou simplesmente andar e comer.

Mas o profundo sono,
fez de você realidade.
Enquanto placidamente dormia...
Em meio a tubos e barulhos,
Remédios e outros entulhos.
Você simplesmente dormia...

Enquanto dormia,
Eu simplesmente pedia,
volta para mim, para nós...
para o calor dos meus braços,
para o céu azul de abril,
que está a brilhar, esperando por ti...

Enquanto você dormia,
por outro lado eu ajoelhava.
Aprendi a ajoelhar,
a implorar!
Milagre! Milagre! Milagre!
Nada mais importava,
Senão unicamente sonhar.

De repente...
Tão de repente.
Todos os barulhos ficaram desconexos.
Você se perdendo de mim,
Ou eu me perdendo de ti?
E o seu coração,
que valentemente pulsava,
ansiava por um resquício de liberdade!
Ardentemente cessou... parou...
E para mim nunca mais voltou!

Já não mais importava,
Você ali já não mais estava.
E o seu resquício de liberdade,
Tornou-se para você a linda realidade,
de voar e sempre a voar...
para o céu de abril que tanto a embevecia.

Já o meu coração...
este também parou de pulsar.
E de esperar, por sorte,
quem sabe!
De você para mim retornar.

Os pássaros voam.
As flores que você regava,
florescem.
Agora você também voou,
Como a despreocupada
e suavidade dos pássaros.
E agora...
Você floresce como a mais linda flor!
O broto mais puro do jardim dos céus...!

Amor... o teu espírito,
até pode ser livre!
Mas o meu coração,
para sempre será seu...