Doce olhar...
Vago, reticente...
Infinitamente sonhador.
Por vezes, sofredor...
Para quem olho?
Para o espelho?Para a lua?
Para o horizonte de uma louca melancolia.
Para as montanhas, caladas, juntas e tão sozinhas!
Meus versos tão imprecisos...
Não são métricos, nem decassílabos.
Longe da perfeição técnica do Parnasianismo.
São vagos, reticentes e profundamente indecisos!
Tenho um "doi doi" no coração,
que se chama paixão.
Se essa rua fosse minha,
se chamaria solidão...
Quem dera mandar ladrilhar com brilhantes,
para ver meu amor passar.
Vê-lo passar,
com um buquê de encantos nas mãos,
a me pedir com sofreguidão,
carinho, amor e atenção...
E a me ofertar,
compreensão, amor, afeto e perdão...
Há tanto amor dentro de mim!
Tanto, tanto!
Que nem sei o que dele é feito...
De tão intenso, de tão acalourado!
De tão acolhedor!
É vago, é reticente, é doce...
sonhador e profundamente amante...
Impreciso, só...
Mas que tanto te quer compartilhar!
( e contigo estar)